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Livros - Raros

Pyrard de Laval, François. Voyage de Francois Pyrard de Laval, contenant sa navigation aux Indes Orientales, Maldives, Moluques & au Brésil, & les divers accidens qui luy sont arrivez en ce Voyage pendant son sejour de dix ans dans ces Pais. . . Nouvelle edition, reveue, corrigée et augmentée de divers Traitez et Relations curieuses. . . par le sieur Du Val, geographe ordinaire du Roy. Paris, Louis Billaine, MDCLXXIX 1679. 24 x 18; Part 1: 4 fls. s.n., 1 mapa desdobr., 327 pp.; Part 2: 218 pp.; Part 3:144 pp., 12 fls. s.n., c/índice. Brasiliana Rubens Borba de Moraes:Pyrard de Laval nasceu aproximadamente em 1570. Partiu para a Índia em 1601, em busca de aventuras, a bordo de um navio fretado por particulares com objetivos comerciais. Mas o navio, após resistir a várias tempestades, afundou proximamente às ilhas Malvinas. Laval, capturado pelos nativos, teve a sorte de cair nas boas graças do rei de Malé, permanecendo em seu reino por cinco anos. A ilha foi então atacada pelo rei de Bengala, que matou o protetor de Laval e conduziu este à Índia, onde em breve foi lhe dada liberdade. Pyrard de Laval viajou então por parte do Indostão até Cochin, onde tinha esperanças de encontrar um navio que o conduzisse de volta à Europa. Mas as autoridades portuguesas tomaram-no por um espião e enviaram-no como prisioneiro para Goa, onde permaneceu sob custódia num hospital, por força de uma enfermidade, até que o missionário jesuita Estienne de la Croix interveio a seu favor. Foi-lhe então concedida a liberdade desde que se alistasse no exército. Tomando parte em várias expedições, de Laval esteve em Diu, no Decão, Ceylon, Málaca, Java, e nas Molucas. Passados dois anos logrou subir a bordo de um navio português que partia para a Europa. Contudo, fortes tempestades forçaram a embarcação a aportar na Bahia, onde o navio acabou afundando. Pyrard permaneceu durante dois meses na cidade à espera de um navio que o reconduzisse à Europa e à França, onde chegou em 1611, depois de dez anos de ausência e de aventuras. Pyrard de Laval morreu em Paris em 1621. Em Paris, ele relatou suas aventuras ao président Pierre Jeannin, ministro do Rei da França, e tido como um sábio conselheiro que costumava dizer que se deve obedecer lentamente quando o rei comanda sob raiva. Jeannin aconselhou que Pyrard escrevesse e publicasse a história de suas aventuras, o que ele fez, tendo a obra saído em 1611, sob o título Discours de Voyage des François aux Indes Orientales.... A publicação despertou a atenção sobre Pyrard e um advogado, Jerome Bignon, convidou o aventureiro que lhe relatasse todas as suas aventuras viva voce enquanto ele tomava notas. Estas notas foram então confiadas a Pierre Bergeron (ver este nome) a fim de que fossem dispostas em forma de livro. O resultado foi publicado em 1615, com o título Voyage de François Pyrard, de Laval.... Esta edição contém um vocabulário da lingua falada nas ilhas Malvinas e é bem mais detalhada que o Discours. Em 1679 Pierre Duval, Geógrafo do Rei, decidiu publicar uma nova edição, revue, corrigée et augmentée de divers traités et relations curieuses. O vocabulário fois suprimido nesta edição, e o texto de Bergeron foi aumentado e corrigido por Duval. O mapa com a rota da viagem foi traçado pelo próprio Duval. Pyrard era um homem simples, sem estudos, e certamente incapaz de haver redigido suas próprias memórias. Embora não haja nenhuma indicação no Discours sobre quem o escreveu, certo é que não foi Pyrard. Mas tanto o redator do Discours como Bergeron tentaram manter uma certa simplicidade, ingenuidade de estilo, bem em conformidade com o conteúdo das narrativas de Pyrard. Muito na obra deve ter sido interpolada pelo próprio Bergeron, que era bem lido em livros de viagens. A edição considerada como a melhor é a de Pierre Bergeron, de 1615. O relato de Pyrard de sua estada na Bahia, por dois meses, em 1610, é o mais antigo de que se tem notícia sobre a vida em uma cidade brasileira, e daí sua importância para os estudos brasileiros. Ele descreve o primitivo elevador conectando as parte alta e baixa da cidade, a caça à baleia, o contrabando, o alto custo de vida, a opulência dos donos de engenhos de açúcar, e suas próprias aventuras na Bahia. RODRIGUES 2007. LECLERC 1638.

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Pyrard de Laval, François. Voyage de Francois Pyrard de Laval, contenant sa navigation aux Indes Orientales, Maldives, Moluques & au Brésil, & les divers accidens qui luy sont arrivez en ce Voyage pendant son sejour de dix ans dans ces Pais. . . Nouvelle edition, reveue, corrigée et augmentée de divers Traitez et Relations curieuses. . . par le sieur Du Val, geographe ordinaire du Roy. Paris, Louis Billaine, MDCLXXIX 1679. 24 x 18; Part 1: 4 fls. s.n., 1 mapa desdobr., 327 pp.; Part 2: 218 pp.; Part 3:144 pp., 12 fls. s.n., c/índice. Brasiliana Rubens Borba de Moraes:Pyrard de Laval nasceu aproximadamente em 1570. Partiu para a Índia em 1601, em busca de aventuras, a bordo de um navio fretado por particulares com objetivos comerciais. Mas o navio, após resistir a várias tempestades, afundou proximamente às ilhas Malvinas. Laval, capturado pelos nativos, teve a sorte de cair nas boas graças do rei de Malé, permanecendo em seu reino por cinco anos. A ilha foi então atacada pelo rei de Bengala, que matou o protetor de Laval e conduziu este à Índia, onde em breve foi lhe dada liberdade. Pyrard de Laval viajou então por parte do Indostão até Cochin, onde tinha esperanças de encontrar um navio que o conduzisse de volta à Europa. Mas as autoridades portuguesas tomaram-no por um espião e enviaram-no como prisioneiro para Goa, onde permaneceu sob custódia num hospital, por força de uma enfermidade, até que o missionário jesuita Estienne de la Croix interveio a seu favor. Foi-lhe então concedida a liberdade desde que se alistasse no exército. Tomando parte em várias expedições, de Laval esteve em Diu, no Decão, Ceylon, Málaca, Java, e nas Molucas. Passados dois anos logrou subir a bordo de um navio português que partia para a Europa. Contudo, fortes tempestades forçaram a embarcação a aportar na Bahia, onde o navio acabou afundando. Pyrard permaneceu durante dois meses na cidade à espera de um navio que o reconduzisse à Europa e à França, onde chegou em 1611, depois de dez anos de ausência e de aventuras. Pyrard de Laval morreu em Paris em 1621. Em Paris, ele relatou suas aventuras ao président Pierre Jeannin, ministro do Rei da França, e tido como um sábio conselheiro que costumava dizer que se deve obedecer lentamente quando o rei comanda sob raiva. Jeannin aconselhou que Pyrard escrevesse e publicasse a história de suas aventuras, o que ele fez, tendo a obra saído em 1611, sob o título Discours de Voyage des François aux Indes Orientales.... A publicação despertou a atenção sobre Pyrard e um advogado, Jerome Bignon, convidou o aventureiro que lhe relatasse todas as suas aventuras viva voce enquanto ele tomava notas. Estas notas foram então confiadas a Pierre Bergeron (ver este nome) a fim de que fossem dispostas em forma de livro. O resultado foi publicado em 1615, com o título Voyage de François Pyrard, de Laval.... Esta edição contém um vocabulário da lingua falada nas ilhas Malvinas e é bem mais detalhada que o Discours. Em 1679 Pierre Duval, Geógrafo do Rei, decidiu publicar uma nova edição, revue, corrigée et augmentée de divers traités et relations curieuses. O vocabulário fois suprimido nesta edição, e o texto de Bergeron foi aumentado e corrigido por Duval. O mapa com a rota da viagem foi traçado pelo próprio Duval. Pyrard era um homem simples, sem estudos, e certamente incapaz de haver redigido suas próprias memórias. Embora não haja nenhuma indicação no Discours sobre quem o escreveu, certo é que não foi Pyrard. Mas tanto o redator do Discours como Bergeron tentaram manter uma certa simplicidade, ingenuidade de estilo, bem em conformidade com o conteúdo das narrativas de Pyrard. Muito na obra deve ter sido interpolada pelo próprio Bergeron, que era bem lido em livros de viagens. A edição considerada como a melhor é a de Pierre Bergeron, de 1615. O relato de Pyrard de sua estada na Bahia, por dois meses, em 1610, é o mais antigo de que se tem notícia sobre a vida em uma cidade brasileira, e daí sua importância para os estudos brasileiros. Ele descreve o primitivo elevador conectando as parte alta e baixa da cidade, a caça à baleia, o contrabando, o alto custo de vida, a opulência dos donos de engenhos de açúcar, e suas próprias aventuras na Bahia. RODRIGUES 2007. LECLERC 1638.

Informações

Lance

Termos e Condições
Condições de Pagamento
Frete e Envio
  • TERMOS E CONDIÇÕES

    1ª. As peças que compõem o presente LEILÃO foram cuidadosamente examinadas pelos organizadores que, solidários com os proprietários das mesmas, se responsabilizam por suas descrições.

    2ª. Em caso eventual de engano na autenticidade de peças, comprovado por peritos idôneos, e mediante laudo assinado, ficará desfeita a venda, desde que a reclamação seja feita em até 5 dias após o término do leilão. Findo o prazo, não será mais admitida qualquer reclamação, considerando-se definitiva a venda.

    3ª. As peças estrangeiras serão sempre vendidas como atribuídas.

    4ª. O leiloeiro não é proprietário dos lotes e os vende em nome de terceiros, que são responsáveis pela licitude e pelo desembaraço dos mesmos.

    5ª. Elaborou-se com esmero o catálogo, cujos lotes se acham descritos de modo objetivo. As peças serão vendidas NO ESTADO em que foram recebidas e expostas. A descrição do estado da peça e de vícios decorrentes de seu uso será feita dentro do possível, mas sem obrigação. Daí solicitarmos aos interessados ou a seus peritos prévio e detalhado exame das peças até o dia do pregão. Depois da venda realizada, não serão aceitas reclamações quanto ao estado das mesmas tampouco o estado delas servirá de alegação para descumprir o compromisso firmado.

    6ª. Os leilões obedecem rigorosamente à ordem do catalogo.

    7ª. Ofertas por escrito podem ser feitas antes dos leilões, ou autorizar a lançar em seu nome, o que será feito por funcionário autorizado.

    8ª. Os organizadores colocarão a título de CORTESIA, de forma gratuita e confidencial, serviço de arrematação pelo telefone e Internet, sem que isto os obrigue legalmente perante falhas de terceiros.

    8.1. LANCES PELA INTERNET: o arrematante poderá efetuar lances automáticos, de tal maneira que, se outro arrematante cobrir sua oferta, o sistema automaticamente gerará um novo lance para aquele arrematante, acrescido do incremento mínimo, até o limite máximo estabelecido pelo arrematante. Os lances automáticos ficarão registrados no sistema com a data em que forem feitos. Os lances ofertados são IRREVOGÁVEIS e IRRETRATÁVEIS. O arrematante é responsável por todos os lances feitos em seu nome; os lances não podem ser anulados e/ou cancelados em nenhuma hipótese.

    8.2. Em caso de empate entre arrematantes que efetivaram lances no mesmo lote e de mesmo valor, prevalecerá vencedor aquele que lançou primeiro (data e hora do registro do lance no site), devendo ser considerado inclusive que o lance automático fica registrado na data em que foi feito. Para desempate, o lance automático prevalecerá sobre o lance manual.

    9ª. O organizador se reserva o direito de não aceitar lances de licitante com obrigações pendentes.

    10ª. Adquiridas as peças e assinado pelo arrematante o compromisso de compra, NÃO MAIS SERÃO ADMITIDAS DESISTÊNCIAS sob qualquer alegação.

    11ª. O arremate será sempre em moeda nacional. A progressão dos lances, nunca inferior a 5% do anterior, e sempre em múltiplo de dez. Outro procedimento será sempre por licença do Leiloeiro; o que não cria novação.

    12ª. Em caso de litígio, prevalece a palavra do Leiloeiro.

    13ª. As peças adquiridas deverão ser pagas e retiradas IMPRETERIVELMENTE em até 48 horas após o término do leilão, e serão acrescidas da comissão do Leiloeiro, (5%). Não sendo obedecido o prazo previsto, o leiloeiro poderá dar por desfeita a venda e, por via de EXECUÇÃO JUDICIAL, cobrar sua comissão e a dos organizadores.

    14ª. As despesas com as remessas dos lotes adquiridos, caso estes não possam ser retirados, serão de inteira responsabilidade dos arrematantes. O cálculo de frete, serviços de embalagem e despacho das mercadorias deverão ser considerados como Cortesia e serão efetuados pelas Galerias e/ou Organizadores mediante prévia indicação da empresa responsável pelo transporte e respectivo pagamento dos custos de envio.

    15ª. Qualquer litígio referente ao presente leilão está subordinado à legislação brasileira e à jurisdição dos tribunais da cidade de São Paulo. Os casos omissos regem-se pela legislação pertinente e, em especial, pelo Decreto 21.981, de 19 de outubro de 1932, Capítulo III, Arts. 19 a 43, com as alterações introduzidas pelo Decreto 22.427., de 1º. de fevereiro de 1933.

  • CONDIÇÕES DE PAGAMENTO

    À vista com acréscimo da taxa do leiloeiro de 5%.
    Através de depósito ou transferência bancária em conta a ser enviada por e-mail após o último dia do leilão.
    Não aceitamos cartões de crédito ou débito.As despesas e riscos com retirada e remessa dos lotes são de responsabilidade dos arrematantes. Veja nas Condições de Venda do Leilão.
    Despachamos para todos os Estados.

  • FRETE E ENVIO



    A retirada dos lotes arrematados deverá ser agendada pelo tel. (11) 2507-2472 ou (11) 97120-1228.

    A entrega dos lotes só poderá ser efetuada após o pagamento do total da compra.

    Aos compradores impossibilitados de retirar os lotes no local especificado, poderemos, a título de gentileza, providenciar a embalagem e o transporte, repassando esses custos ao arrematante.

    Por se tratar de mera cortesia, leiloeiro e organização se eximem de qualquer responsabilidade ou obrigação relativa a possíveis danos durante o transporte.